Em S. Bernardo ele cultiva e conquista o seu tão sonhado lugar ao sol, com uma prosperidade boa em seu futuro. Paulo em algum momento dessa jornada decide que quer mais, algo como uma família e é aí, que suas atitudes e escolhas se mostram maléficas para si próprio e não apenas para os outros.
Esse foi meu segundo contato com o autor e acredito, que por já conhecer a sua forma narrativa e linguística, essa foi uma leitura mais fácil pra mim. Logo nas primeiras páginas já fui envolvida pela trama e para onde se encaminharia a história de Paulo Honório, que narra a sua própria história como se nos estivesse apresentando sua biografia. Um personagem de caráter bastante duvidoso e que ao longo da narrativa leva o leitor a ter sentimentos conflituosos sobre ele.
Graciliano me parece aquele tipo de autor que soube escrever histórias atemporais, que mesmo hoje em dia, conseguimos refletir com acontecimentos atuais e pensar o nosso próprio redor. Com Paulo Honório e sua história, pensei demais acerca do capitalismo e quanto de desigualdades ele produz e o quanto leva às pessoas a agirem pensando apenas em si próprio e em suas próprias ganâncias.
Não esperava que a trama também fosse conseguir me pegar de surpresa, mas aconteceu. Um acontecimento trágico que não estava esperando e que, nesse ponto é o que faz o próprio protagonista a perceber seus erros.
Pode ser clichê, mas com esse livro a gente se lembra das coisas tão significativas da vida que o dinheiro não compra. Ter dinheiro obviamente traz conforto, mas não é a garantia de amor e felicidade.
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