Resenha | Os detetives da linha púrpura

 

Jai tem apenas nove anos de idade e é um grande fã de séries policiais. E quando um garoto de sua escola desaparece, ele acredita que tem os conhecimentos necessários para desvendar esse mistério. 

Junto de seus melhores amigos, Pari e Faiz, eles começam a se sentir detetives, mas mais crianças desaparecem e aí, as coisas ficam mais sérias do que eles são capazes de lidar. Todos se amedrontam e ficam receosos de que os próximos a desaparecer sejam as suas crianças. 

Deepa Anappara foi jornalista por onze anos em seu país e teve muitas de suas reportagens em destaque com temas sobre o impacto da pobreza e a violência religiosa nas crianças indianas. Devido ao seu trabalho Deepa se deparou com muitas situações que a levaram a escrever Os detetives da linha púrpura, seu primeiro romance. E sim, esse livro apesar de ficcional é um tapa na cara em questão de crítica social e baseado em incidentes reais.

Uma trama que traz o mistério de crianças que desaparecem, mas que o foco é mesmo em relatar as questões sociais do país, sobretudo essas que envolvem as crianças sendo narrado por crianças. A Índia é um país com uma cultura bem diferente da nossa e é muito interessante de ler sobre isso e conhecer mais dos costumes, mas também triste, já que nessa história vemos o quanto a desigualdade está presente e mexe com as famílias e com as crianças do país, que há poucos dias atrás se tornou o mais populoso do mundo. 

Mas não é apenas na Índia que crianças desaparecem e essa história quer mostrar que essas crianças não podem ser tratadas apenas como números, mostra que elas tinham história, tinham família. É bem fácil pra mim, como mãe, sentir muito essa história. E mostra o descaso das autoridades de segurança quando a situação envolve famílias marginalizadas, como elas não ouvidas com a devida atenção. 

Gostei muito de ter lido esse livro e recomendo para aqueles que gostam de ler sobre outras culturas e sobre temas de cunho social. Uma história que deixa a gente pensativo e nos faz sentir empatia. 

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