||RESENHA|| Última parada: Auschwitz | Eddy de Wind

Eddy era um jovem holandês, médico, quando foi enviado para Auschwitz no ano de 1943, com a sua esposa de 18 anos, Friedel. Chegando lá, o casal é separado. Ele é enviado ao bloco 9 e ela ao bloco 10, onde ficam os prisioneiros selecionadas para os experimentos médicos e cruéis de Dr. Mengele. 

Já sabemos os horrores que aconteceram naquele campo de concentração, mas a determinação de Eddy não esmoreceu. Trabalhando principalmente como médico enfermeiro, ele sobreviveu e escreveu o seu relato. Inteiramente escrito dentro de Auschwitz escondido à espera dos russos. 

Lemos sob o ponto de vista dele os castigos, o sofrimento, a segregação das pessoas, a hierarquização dos trabalhos, o trabalho forçado, as câmaras de gás. Como todos os relatos desse período, é uma leitura pesada, cruel, que é impossível passar por ela sem sentir.

(...) quando um bordão era repetido com frequência e colado nas paredes, em toda parte, com o tempo todo mundo passava a acreditar nele.


Infelizmente a narrativa foi um pouco confusa pra mim, deixando a leitura não fluir tão bem quanto eu esperava. Atribuo essa escrita confusa, ao fato de ter sido escrito em Auschwitz, mesmo assim, sabendo das circunstâncias da escrita, não consegui gostar tanto como de outros livros que já li sobre o período. Mas valeu a pena, conhecer mais uma história de sobrevivência acerca do holocausto.

A luta de Eddy e Friedel, o amor entre eles e como resistiram é também inspiradora. O livro é curto, mas além do relato, a edição traz imagens de Eddy, o que sempre acho muito interessante conter quando lemos uma história verídica. Lembrando que esse é o único relato do período que tenha sido escrito inteiramente em Auschwitz.

Autor: Eddy de Wind
Editora: Planeta
Ano da edição: 2020
Páginas: 240




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