Resenha | Nosso tipo de jogo


Stella Parker leva uma vida aparentemente muito boa. Ela é dona de casa, depois de ser mãe e largar a advocacia. Ela optou por cuidar dos dois filhos e da casa de maneira integral. Há quase vinte anos casada com Tom, ela tem a vida que muitas mulheres devem invejar. Tudo parecia ir bem, até que um acontecimento bastante estranho acontece: sua vizinha, Gwen, aparece na sua porta agindo de uma forma bem estranha e algo depois disso, ficou martelando em Stella. Algo não parece mais tão certo assim...

O leitor mergulha, então, na vida desta dona de casa que guarda mistérios em seu passado. Será que tudo pelo que Stella lutou vai ir por água abaixo? Esta é uma trama que intercala pontos de vista e tempo, e achei essa dinâmica muito boa e bem feita, com capítulos curtos e envolventes. 

Gostei de acompanhar como as coisas foram se encaixando e os temas levantados nesse thriller são bem interessantes e necessários, como: o papel da mulher na maternidade e na sociedade, os relacionamentos abusivos e as consequências das escolhas. 

Apesar de nem sempre concordar com as escolhas de uma das personagens, eu entendia e me identificava de certa forma também. Acho que mais do um thriller de suspense, é um livro que a autora teve a intenção de fazer refletir mesmo. Ele é bem psicológico e como eu gosto bastante dessa pegada, por aqui funcionou. 

Acho que nem tudo foi tão bem desenvolvido, mas as personagens achei que foram bem demais. Cada uma delas me mostrou ter camadas profundas. Notei a preocupação na construção das mulheres dessa trama e em mostrar os efeitos de traumas passados que elas viveram e o impacto dele nas suas vidas. 

Aos que gostam do tipo suspense psicológico, recomendo. Acredito que assim como eu, você também pode ter uma experiência bastante positiva com ele. 

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