Em A caderneta de endereços vermelha, vamos conhecer a história de Doris Alm, que está com 96 anos. Sua saúde já estava frágil, mas após um acidente doméstico, Doris se vê presa em um hospital. A única pessoa que ainda resta de sua família está do outro lado do Atlântico, mas Jenny, sua fiel e única companheira da vida se mantém presente via Internet sempre. 

Mas apesar de estar debilitada, de já ter enterrado a grande maioria dos amigos e familiares (como anotado em sua caderneta), e de saber que a hora de sua morte está próxima, Doris segue com seu bom humor. E, antes de se encontrar acamada, ela escreveu cartas à Jenny com as suas lembranças e através delas a gente também vai conhecendo o seu passado, as suas lutas, as suas dores e as suas alegrias. Mas Doris ainda não sabe, que surpresas ainda estão por vir.

Eu já imaginava que essa fosse ser uma história de emoção e não estava enganada. Terminei a leitura chorando. Doris não teve uma vida das mais fáceis, passou por maus bocados e ainda assim, permanece em seu leito de morte com graça e leveza. Sofri com a Doris. Uma personagem que nos mostra a resiliência e que transmite força. 

Além dela, a Jenny também foi uma personagem que me cativou. A relação delas é linda e comove. Duas personagens femininas que se completam e que me marcaram. Achei muito bom ler uma personagem idosa, o que não é tão comum nas narrativas literárias. Os capítulos curtos deixam a leitura bastante dinâmica e por aqui, fluiu muito facilmente. E terminei a leitura com saudade da história. 

Se você gosta de histórias comoventes, com assuntos mais maduros, esse livro é escolha certa. Além de tudo, esse livro vai te trazer mensagens inspiradoras por meio de Doris. Ela tem muito a ensinar, inclusive acaba ensinando sua Jenny através dos seus escritos. Eu amei essa leitura e espero que você ame também. 

⚠️ CONTÉM POSSÍVEL GATILHO: cena de estupro, uso de substâncias químicas (nada extremo, mas há menções)