Recentemente eu li esse clássico que se tornou meu livro favorito e eu não posso deixar de querer compartilhar mais dele com vocês. Vamos conhecer alguns trechos dele?
Havia dor e atordoamento em seu rosto, o atordoamento de uma criança mimada que sempre tivera satisfeitos os menores caprichos e que agora, pela primeira vez, estava em contato com as contrariedades da vida.
Ele observava as pessoas sem gostar ou desgostar delas. Olhava para a vida e não se animava nem se entristecia. Aceitava o universo e o lugar que nele ocupava pelo que eram e, dando de ombros, se voltava para seu mundo melhor, sua música e seus livros.
O mundo pertencia aos homens, e ela o aceitava como tal. O homem possuía a propriedade, e a mulher a administrava. O homem levava o crédito pela administração, e a mulher elogiava sua esperteza. O homem berrava como um touro se tivesse um espinho cravado no dedo, e a mulher sufocava os gemidos do parto para não perturbá-lo. Os homens costumavam ter a fala áspera e se embriagar. As mulheres ignoravam os lapsos da linguagem e botavam os bêbados na cama. Os homens eram grosseiros e francos, as mulheres, sempre gentis, graciosas e magnânimas.
Grande parte da infelicidade do mundo foi causada por guerras. Depois as guerras acabaram e ninguém sabia por que começaram.
Na verdade, os homens davam de boa vontade às mulheres tudo o que houvesse no mundo, menos o crédito de possuírem inteligência.
Nada em todo este mundo pode nos derrotar, mas podemos derrotar a nós mesmos ao procurar com demasiado afinco por coisas que já não temos... e por relembrar demais.
— Sempre cuidei de minha vida. Por que os outros não cuidam da deles? — Ora, querida, o mundo pode perdoar praticamente tudo, exceto os que cuidam da própria vida.
A vida não tem obrigação de nos dar o que esperamos. Aceitamos o que nos acontece e agradecemos por não ter sido pior.
Como de costume, lançariam a culpa sobre a mulher e dariam de ombros para a culpa do homem. E, nesse caso, estariam certos.
Vocês já leram esse clássico ou tem vontade?
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