A ÚNICA MULHER | MARIE BENEDICT


UMA ATRIZ BONITA TAMBÉM PODE SER CIENTISTA

Esse livro é baseado na história real da atriz Hedy Lamarr. Vamos começar conhecendo a jovem atriz de Viena, no ano de 1933, que está brilhando em palcos de teatro. Tem uma relação conturbada com a mãe, mas uma muito bonita com o pai, e claro, muitos admiradores. Entre eles, um acaba se tornando seu marido, mas ela vai descobrir o seu lado mais obscuro só depois do matrimônio. 

Hedy vira uma prisioneira, mas lá ela começa a escutar os primeiros sinais da Segunda Guerra, já que seu marido é um empresário do ramos das armas. As coisas começam a se complicar e Hedy teme por ela e a família, que é judia. Mas além disso, seus problemas com um marido abusivo a levam a fugir e é nos Estados Unidos que ela novamente tenta seu caminho como atriz e também como cientista, por que não?

O começo da leitura estava bem interessante. Ler sobre o relacionamento abusivo e como a Hedy vai deixando de ser quem é, chega a ser angustiante. Torci para que ela se libertasse do relacionamento. Mas depois disso, depois que ela escapa, a trama acabou se tornando um tanto enfadonha. E confesso que esperava mais. Acabou que o desfecho deixa lacunas que seriam interessantes de ver preenchidas. 

Mas ressalto as discussões legais que ele traz sobre o papel da mulher, os julgamentos que uma atriz sofre, como as pessoas só enxergam a beleza em muitos momentos e não entendem que dentro existe muito mais. O remorso por ter fugido de seu país e deixado ele sem dar informações que sabia e poderiam ser valiosas levaram sua obstinação a ajudar os aliados e mostrar, com a ciência e a inteligência, que o belo rosto era mais do que isso. 

O livro poderia ter sido mais, mesmo assim foi uma leitura válida que me fez admirar essa mulher. 

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