Este é um dos oito livros autobiográficos da escritora. Marguerite Ann Johnson, mais conhecida como Maya Angelou, nos relata neste exemplar a sua infância e adolescência. Ele foi publicado em 1969, sendo narrado em primeira pessoa.
Ao contrário da maioria das autobiografias e biografias, essa tem uma narrativa literária, que em vários momentos, eu até mesmo me esquecia que se tratava de uma história real. Ela usa até mesmo diálogos na narrativa, o que acho bem interessante para aqueles que não lêem ou não têm costume com o gênero. Preciso dizer que nem toda narrativa me prendeu. Em alguns momentos achei algumas cenas um tanto longas e que não eram tão impactantes. Foi um livro que demorei um pouco, mas que valeu a pena.
Se crescer é doloroso para a garota negra do sul, estar ciente do seu não pertencimento é a ferrugem na navalha que ameaça a garganta.
Maya foi criada pela avó materna em boa parte da sua infância. Ela e o irmão compreenderam desde jovenzinhos, que o mundo para os negros não era da mesma forma que para os brancos. E quando passavam com a avó, Maya e o irmão, era os momentos na narrativa em que mais o racismo foi assunto presente, e que mais me trouxe reflexões quanto a isso. Em Stamps, a segregação racial era intensa e impossível a quem lê, não sentir o impacto.
Mas não foi apenas as questões de ser uma mulher negra que Maya enfrentou. Na infância, sofreu abuso sexual aos 8 anos de idade e foi tão duro ler, imagina como foi viver. Mas ela seguiu em frente apesar de tudo. Angelou é uma mulher inspiradora. Mesmo com tudo contra ela, ainda havia tempo para sonhar e ir atrás. Maya por sua perseverança se tornou a primeira mulher negra a ser motorista de ônibus em São Franscisco.
Era horrível ser negra e não ter controle sobre a minha vida. Era brutal ser jovem e já treinada para ficar sentada em silêncio ouvindo as acusações feitas contra a minha cor sem chance de defesa.
Obviamente ela conquistou ainda mais, mas esse livro nos conta a sua primeira parte da vida, por isso não vou me estender mais a vida dela, porém deixo aqui a dica para conhecerem tanto livros como a vida dessa mulher incrível.
Autora: Maya Angelou
Editora: Astral Cultural
Ano da edição: 2018
Páginas: 336
Autora: Maya Angelou
Editora: Astral Cultural
Ano da edição: 2018
Páginas: 336
2 Comentarios
Olá!
ResponderExcluirEu não gosto de autobiografias, mas o fato do livro ser narrado como um livro literário já me chamou mais atenção. Não conhecia a autora mas é sempre legal saber como ela foi criada, e o que aconteceu com ela, infelizmente. Assim temos uma outra visão das pessoas, né?
Beijo
http://www.capitulotreze.com.br/
Não conhecia os livros, mas fiquei extremamente curiosa, vou dar mais uma pesquisada e sobre eles.
ResponderExcluirO tema que o livro aborda, um tema forte, gosto de livros assim, a sua resenha esta otima.
Brubs
https://quemevcbrubs.blogspot.com