Uma sociedade onde mulheres estão descobrindo que possuem um grande poder dentro de seus corpos. Poder que por anos ficou amortecido, mas agora ganha proporções inimagináveis. As mulheres estão tomando o mundo em suas mãos.
Ficha técnica
Autora: Naomi Alderman
Editora: Planeta
Ano: 2018
Páginas: 368
Acompanhamos essa trama pelo ponto de vista de diversos personagens, com alternação de capítulos entre eles. Aos poucos vemos o poder agindo ao redor do mundo e as mulheres tomando conta de seus corpos poderosos e logo tomando conta do mundo.
Anos vão se passando e cada vez mais o mundo está se tornando um lugar comandado por elas. Uma guerra entre os gêneros está cada vez mais iminente. Os homens agora se sentem acuados e com medo de viver. Parece que estão provando do seu veneno (?).
É só que todo dia a gente cresce um pouco, todo dia tem alguma coisa diferente, e com o passar dos dias de repente algo que era impossível se torna possível.
No meu ponto de vista esse livro é uma grande crítica a nossa sociedade machista. E além disso, também vejo uma crítica a como o poder nem sempre é usado racionalmente. As pessoas, geralmente, não sabem lidar com grandes poderes e isso pode causar grandes guerras, grandes perdas.
É um livro irônico, sabe? Os homens sofrendo e passando por várias coisas absurdas que, nós mulheres, passamos nos dias atuais. Acredito que a leitura desse livro faça com que as pessoas notem o quanto as mulheres passam e o quão absurdo isso é.
Por baixo de cada história, existe outra história. Existe uma mão dentro de mão – Allie não aprendeu bem o suficiente? Existe um soco dentro de cada soco.
O começo do livro pode ser um pouco confuso. Ele começa com uma troca de cartas que a princípio não faz tanto sentido, mas ao final do livro, quando essa troca retoma, entendemos o quanto essa troca de cartas tinha a nos dizer. Nos primeiros capítulos também é mais complicado, porque são vários personagens e situações, mas é só dar um andamento maior e logo as coisas começam a se formar e ganhar sentido.
Um livro feminista sem dúvida, mas que não crítica apenas o machismo. O mundo retratado aqui, também não vira mil maravilhas quando as mulheres tem poder. Pode ser uma crítica a nós, humanos.
Escute, nem uma pedra é igual a outra pedra, então não sei de onde vocês tiram que podem rotular humanos.
NOTA: 5/5 🌟
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