Resenha | Uma centelha de luz

Sim, ao olhar essa capa e esse título, você pensaria que o livro começaria entregando algo assim? Pois é, "Uma centelha de luz" vai narrar ao leitor um sequestro. Reféns estão presos, policiais de plantão e um atirador gerando medo.

O cenário de todo esse caos é uma clínica de abortos. A história se passa em um estado no qual o ato é legalizado. O atirador possui uma ligação com este lugar e essa parece ser a motivação da ação por parte dele.

Com uma narrativa diferente, com os eventos sendo narrados de trás para frente, me vi imersa na situação dos reféns e nas vidas dos personagens, que também possuem seus dramas pessoais trabalhados.

Por tratar de um assunto delicado como o aborto, não acho que seja uma leitura recomendável para todos, mas para quem não tem questão alguma pessoal que possa gerar gatilhos, acho que o livro é uma boa reflexão sobre o tema. A autora não teve medo de expor a temática. Não há como não refletir e pensar sobre o assunto, este é o protagonista da trama. Minha opinião é formada sobre a questão e senti que a autora trouxe passagens bem pertinentes para se pensar.

A história também emociona por trazer personagens de uma mesma família vivendo a situação traumática do sequestro e sentindo, não apenas por si mesmos, mas uns pelos outros. Um livro sensível, que fala sobre família, sobre vidas e sobretudo, sobre escolhas e o poder da liberdade de fazê-las. Meu primeiro contato com Jodi Picoult foi sucesso.

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