Sempre que ela pensa em largar tudo, algo acontece e lhe faz voltar para o mesmo lugar. E é numa dessas decisões de ir que ela escreve uma carta, a qual nunca será entregue, mas que inicia um longo percursos de desabafos de uma mãe, uma mulher, que só guarda em si as vontades que tem, as vontades que nem sabe que tem.
Numa narrativa que começa através de cartas e logo se transforma em uma espécie de diário, vamos acompanhando os desabafos de uma mulher que morre de vontade de se encontrar, mas não sabe como. Os desejos, as dores, os anseios. Cristina é o retrato de muitas brasileiras como bem diz a autora ao terminar o livro. Ela não foi inspirada em uma, mas em muitas.
Como mãe me identifiquei com tantas coisas, mas também fiquei feliz de ver que em muitas não me deixei prender como fez nossa protagonista. Ser uma boa mãe prende mesmo, traz muitas mudanças e a gente prioriza outra pessoa, mas é importante, sempre tive isso em mente: não esquecer de quem somos.
Esse é um livro que me arrebatou. Amei a escrita da Elisama e os temas que ela aborda nesta história. Temas comuns da vida, mas que carregam reflexões bem importantes. Indico fortemente para as mães e para quem não é também. Certeza que se você não se reconhecer na Cristina, irá ver nela alguém que você conhece.
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