FLORESTA É O NOME DO MUNDO | URSULA K. LE GUIN


Em Floresta é o nome do mundo, nós vamos estar Ashthe, um planeta que era como um paraíso, repleto de florestas com seu povo humanoide, com pouco mais de meio metro de altura e corpos cobertos de pelos verdes, vivendo totalmente em paz. Mas esse paraíso é ameaçado com a chegada de um outro povo. 


Esse povo estranho a eles, veio de um planeta em que apenas se sobrevive. Seu ambiente está devastado, seu povo vive faminto e eles só enxergam o povo de Ashthe como animais selvagens que precisam ser domados e seu planeta dominado. Esse povo invasor vem de um planeta chamado Terra. 


O cenário da minha primeira experiência com Ursula K. Le Guin é assim. E apesar de uma ficção, não é muito difícil de imaginar a Terra devastada e nem que o ser humano seja capaz de invadir e dominar um outro povo. Essa já é uma das reflexões que a trama carrega. A colonização de um povo por meio da escravização, da força bruta, da sua mão de obra gratuita, do estupro de suas mulheres, algo que lembra bem a própria colonização do Brasil. 


Ursula mostra o pior lado do ser humano. A ganância, a sede de poder, o egoísmo, o racismo, a brutalidade. Tudo isso nos leva a reflexão de que devemos aprender a olhar para o diferente, a olhar com mais carinho para o outro. Lembrar que o ser humano não está acima de tudo e que não é quem manda. O livro mostra também que o ser humano também pode ensinar a maldade. 


Um livro de ficção científica fantasiosa mas que reflete tão bem a realidade. 



VOCÊ JÁ LEU ALGUM LIVRO DE URSULA? GOSTA DE LIVROS QUE REFLETEM A REALIDADE MESMO QUE NÃO SE PASSE NELA?

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