A TRADUÇÃO RACISTA QUE EMBRANQUECE


No dia 30 de setembro foi o dia do tradutor. O que seria de nós sem eles pra colocar no nosso português os livros que tanto amamos? Eu mesma, necessito deles, já que o único outro idioma que sei é o espanhol. Vamos valorizar o trabalho dos tradutores que é trabalhoso e de muita importância. 


Mas bem nesses dias, tivemos o caso do lançamento do livro da Sarah J. Maas, ‘Casa de sangue e terra’ pela Galera Record em que uma tradução racista foi notada pelos leitores. Um personagem preto foi embranquecido na tradução. A editora se posicionou onde diz que “faltou sensibilidade na escolha dos termos”, ou será que talvez tenha faltado representatividade dentro da editora com profissionais negros que poderiam ajudar nessa “falta de sensibilidade”? Outra questão que me faz pensar é: será que já li um livro com pretos e eles foram embranquecidos? Será que representatividades originais já foram apagadas antes?


Hoje em dia, isso não pode mais ser aceito e eu senti que precisava falar sobre isso aqui. A Galera Record não é uma editora que eu consuma muito, mas que esse caso sirva de exemplo para todas as outras, que mostre que o público não vai aceitar situações como essa, calados. Que os tradutores entendem que se a pele é marrom, é assim que a gente quer descrita e não pele cor de caramelo. Que descrever pele marrom não ofende ninguém, pelo contrário, exalta muitas pessoas aqui no nosso país que tem mais da metade da população negra. O que a gente quer é a representatividade bem representada. 



APROVEITA E ME RECOMENDA UM LIVRO COM REPRESENTATIVIDADE PRETA?


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