[Resenha] O menino dos fantoches de Varsóvia

Segunda Guerra e o povo precisando enfrentar os horrores que foram esse tempo. Mika, sua mãe e avô são mantidos em um bairro isolado e tratados de forma cruel pelos nazistas. Mas quando seu avô é morto a sangue frio, o jovem Mika herdou seu casaco e não poderia imaginar o mundo que encontraria nele.
Ficha técnica
Autora: Eva Weaver
Editora: Novo Conceito
Ano: 2014
Páginas: 398
O casaco continha muitos bolsos, uma forma de manter objetos pessoais sem que os nazistas os destruíssem. Dentro dos bolsos, Mika descobre uma chave e está abre a porta de uma salinha onde seu avô passava grande parte do tempo e ninguém sabia o que era que ele fazia. 

Abrindo a porta um mundo de fantoches é descoberto e Mika segue o trabalho de seu avô, construindo mais bonecos e usando deles como um escape daquele lugar tão cruel. 

Mas, quando chegávamos, Ellie sentava-se outra vez em sua poltrona, abria o livro e, como um mergulhador que se joga em águas profundas, desaparecia num lugar onde eu não poderia alcançá-la.

Ao longo da estória acompanhamos o menino dos fantoches fazendo shows com eles e dando a quem pouco tem motivos para sorrir, mas os alemães descobrem esse garoto e o usam também para o seu prazer. Mika, mesmo não querendo, precisa fazer para sobreviver. 

Vivemos a angústia da família de Mika para viver e se manter em meio a essa fase obscura da história. Mas a autora além de trazer a trama de Mika, nos mostra o lado de um soldado alemão e eu acredito que muitos daqueles soldados não tinham noção do mal que estavam fazendo. Muitos gostavam de ser cruéis, mas tenho certeza de que muitos deles faziam o que precisam para também sobreviver. 

O livro tem uma estória linda, isso é certo, porém não consegui me conectar da maneira que gostaria com os personagens e isso fez com que a leitura não fosse tão prazerosa pra mim. A leitura por vezes foi bem cansativa e isso também me fez não conseguir o envolvimento que eu gostaria com a trama. Os personagens não me convenciam, sabe? Não consegui me conectar mesmo.

É estranho, mas o medo tem um sabor específico: é parecido com sangue, pungente, férreo e amargo. Agora, todas as coisas que eu comia tinham gosto de medo.

A narrativa de Eva é muito boa com a escrita fácil e o livro é dividido em três partes e os capítulos são de tamanho médio para longo. Recomendo o livro mesmo que ele não tenha me emocionado como o esperado. A estória é linda e emocionou a grande maioria dos seus leitores. 

NOTA: 3,5/5 🌟


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