Ler "A loja de cartas de Seul" me fez pensar no quanto a escrita em papel foi deixada de lado ao longo dos tempos. Hoje em dia, raramente, se conhece a letra de alguém. Tudo é digitado, seja no celular, notebooks e afins... Escrever cartas? Mais raro ainda, quando hoje, qualquer pessoa está à distância de um clique. Mas cartas pessoais carregam uma magia tão diferente do que a digitação, você não acha?
Talvez você realmente não ache. Há quem já nasceu numa era em que a escrita com canetas é restrita apenas aos estudos e olhe lá. Mas como uma nascida na década de 90, cartas ainda possuem uma magia para mim. Quem sabe, seja por isso, que eu tenho um forte encantamento por livros epistolares - narrados através de cartas.
E você sabia que este livro é inspirado numa loja real da Coreia? E que as cartas que aparecem ao longo da narrativa são verdadeiras? Pois, sim! Legal, né? O serviço é uma troca de cartas com pessoas que não se sabe quem são, apenas se tem o vislumbre de sua vida pelo que escrevem. E essa é a história do livro. Com o cenário de uma loja de cartas, acompanhamos uma funcionária com questões familiares e com uma trava na escrita. Mas além dela, somos apresentados a diferentes personagens que frequentam o espaço e que possuem seus dilemas particulares.
Uma história cotidiana, que não possui grandes acontecimentos, mas que traz um cenário aconchegante e de nostalgia para quem teve um vislumbre de uma época de cartas.
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