Samuel vive há 20 anos numa ilha como cuidador de um farol. De quinze em quinze dias ele vê pessoas que lhe levam alguns mantimentos. Mas ele não vê apenas pessoas vivas, ele também encontra corpos. Refugiados que não encontram a terra, mas são engolidos pelo mar e aparecem na ilha.
Samuel até ligou nas primeiras vezes para as autoridades, mas como são corpos "escuros" que ele encontra, ninguém mais se importa. Ele tenta, da melhor maneira que consegue, cobrir esses corpos, apesar de cada vez mais, com a idade avançando, ser algo que lhe custa.
O livro é curto, mas reflexivo. Fala de temas políticos, humanos e daqueles que colocam a gente para pensar. Senti pela vivência de Samuel. Um homem de dores. Não é um livro repleto de grandes acontecimentos, mas de pequenas mazelas sociais reais, apesar de no livro se tratar de ficção.
Quando achei que o livro não fosse ter grandes surpresas e pensava que o final seria até mesmo bonito, tive uma surpresa chocante em cenas finais. Fui impactada. Com certeza, um livro de final inesperado. Uma história sensível, dolorida e humana.
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