⚠️ Gatilhos: suicídio, alcoolismo, violência, problemas mentais
Francie Brady vive uma infância precária numa Irlanda assolada pela pobreza. Vivendo com o pai e a mãe, tudo ia normalmente com ele até que encrencou com uma de suas vizinhas e seu filho. Ele apronta muito, mas depois desse embate com a família vizinha muitas coisas começam a mudar e seu comportamento a piorar.
Com narrativa em primeira pessoa acompanhamos a história da infância de Francie Brady e por se tratar de uma narrativa em primeira pessoa, ela se mostra um tanto quanto confusa no começo, já que é um fluxo de falas, de pensamentos e a escrita nos transmite exatamente como Francie se expressa e pensa. Não é uma narrativa fácil, a escrita praticamente tem como única pontuação, os pontos finais e o livro não tem capítulos, porém não se assuste, porque existem pausas na narrativa.
Demorei um pouco até me adaptar com esse estilo narrativo, mas depois que peguei o jeito, começou a fluir de forma melhor. Não é um livro fácil, mas traz muitas reflexões sobre o quanto o ambiente social onde se está inserido influencia e traz consequências, mesmo quando na infância.
Fiquei com pena de Francie e de como parecia que ninguém se importava de verdade com esse menino. Nota-se que ele precisava de um amparo familiar, amparo mental e que isso nunca lhe foi dado, o levando a cometer atos e ações que, no fim, dominaram a sua vida. Um livro sobre sociedade, sobre a falta de amparo, sobre falta de estrutura familiar.
Sei que esse livro desagradou muitos leitores pelas resenhas que li e entendo, como citei, não é um livro fácil e tem uma narrativa que pode ser bem complicada, mas eu consegui tirar proveito e refletir com ele apesar disso. Tem um posfácio cheio de informações complementares legais e não assisti, mas tem uma adaptação desse livro chamada 'Nó na garganta'.
🗣️ VOCÊ JÁ CONHECIA ESSE LIVRO? JÁ LEU UM LIVRO NARRADO POR UM PERSONAGEM CONFUSO?
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