
||RESENHA|| A química que há entre nós | Krystal Sutherland
O primeiro encontro entre Henry Page e Grace Town acontece em uma sala de espera na escola. Claro, Henry já tinha visto a aluna nova que usa roupas largas e usa uma bengala, mas nunca havia estado tão próximo a ela. Henry num primeiro momento não se interessa por Grace, mas isso muda e ele fica fascinado pelo mistério que é essa garota. Seus amigos tentam desestimular essa relação, mas Henry não consegue mais voltar atrás.
Esse livro poderia ser apenas uma história de amor, mas ele aborda mais. Entendemos que Grace sofreu algum trauma na vida que a faz estar como está. Henry por outro lado, nunca havia estado apaixonado e vive então, os dilemas desse sentimento. O livro fala sobre amores, desamores, luto, sentimento de culpa, sobre como a gente se apaixona por aquilo que imaginamos e fazemos a idealização da pessoa que queremos.
Acontece que pra sempre não é tanto tempo quanto eu imaginava que seria.
O final pode ser decepcionante para alguns, mas pra mim, ele foi a melhor parte da leitura porque achei bastante real. Porém, apesar do final ter me agradado bastante, o desenvolvimento, ao meu ver, não foi dos mais legais e preciso falar sobre isso. Primeiro, que a leitura mesmo sendo fluida, ficou cansativa pela trama não ter tantos acontecimentos. Foi após os 60% da leitura, que a trama realmente foi desenrolar.
O segundo ponto que preciso comentar é que o protagonista e a relação dele com a Grace é problemática. Henry é egoísta, porque a única preocupação dele é ser amado de qualquer forma e nunca se preocupar com os sentimentos e problemas dela, que ele sabe que existem e estão precisando de atenção. Ele culpabiliza a Grace por tudo que dá errado e não repara nunca, no modo como age. Existem outros pontos problemáticos na relação, mas basicamente a relação não é saudável e isso me incomodou.
Você não pode medir a qualidade de um amor pela quantidade de tempo que dura. Tudo morre, amor inclusive.
Mas ressalto a melhor amiga de Henry, Lola e a irmã dele, Sadie que são personagens secundárias que eu amei e que achei, sinceramente, as únicas sensatas e que me cativaram de fato. Outro ponto que curti demais é o livro trazer muitas referências, de filmes, música e de livros.
Enfim, foi uma leitura legal em alguns pontos, mas que na minha opinião poderia ter sido trabalhada um pouco melhor. Porém, essa foi a minha visão e sabem que a experiência de vocês pode ser diferente da minha. Lembro que a adaptação estreia em agosto na Amazon Prime.
Editora: Globo Alt
Ano da edição: 2017
Páginas: 272
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