Esse livro retrata o estado americano Mississipi, no pós Segunda Guerra. Acompanhamos a saga de duas famílias bem diferentes: uma família branca e uma negra. A ligação entre elas começa quando Henry compra uma fazenda, e junto com sua mulher, filhas e pai, se mudam e vivem uma nova realidade.
Inícios são algo escorregadio. Quando você acha que encontrou um, alha para trás e encontra um segundo mais remoto, depois um terceiro.
Dentro da fazenda de algodão, algumas outras famílias residem e trabalham no plantio e colheita e uma delas são os Jacksons, a família negra que sofre, claro, mais que os outros, apenas por sua cor de pele. O racismo se faz muito presente na trama e o tratamento que os negros recebem é natural para grande maioria dos brancos que ali viviam.
Apesar disso, eles levam a vida da maneira que podem, mas quando Jamie, irmão de Henry se instala na fazenda e Ronsel, filho dos Jacksons, recém vindo da guerra se encontram, surge uma amizade. O preconceito que deveria ser amenizado com esse fato, apenas fica mais exacerbado nos moradores locais, que não gostam nem um pouco que um homem branco possa tratar com respeito um homem negro, como Jamie faz.
Esse livro é um retrato cruel do que um dia já foi o racismo. A gente sabe bem que ainda é muito presente, infelizmente, mas o que era o Mississipi daquele tempo é muito assustador. Ronsel foi um bravo soldado, na Europa era bem tratado e não se via diferente de ninguém, mas voltar pra casa e conviver com as pessoas dali, foi uma terrível fase para este homem.
Vemos também que muitas vezes, apesar de algumas pessoas não terem o racismo tão presente em si, ficavam reproduzindo aquilo a que ouviam e viam. É triste fazer essa leitura porque desde o começo sentimos a tensão, sabemos que as coisas ali não vão dar certo e que a qualquer momento alguma coisa horrível há de acontecer. E acontece.
Lhes deixo o aviso que não é um livro fácil pela crueldade que lemos nele. Há cenas fortes e de fazer doer o coração de qualquer pessoa que tenha o mínimo de humanidade. Mas é exatamente esse peso que o livro carrega e essas questões fortes, que faz dele uma leitura incrível. Leiam.
Dormíamos em alojamentos separados. comíamos em refeitórios separados. cagávamos em latrinas separadas. Tínhamos até um estoque de sangue separado. Já pensou um branco ferido se ver, de repente, com sangue negro nas veias?
Vemos também que muitas vezes, apesar de algumas pessoas não terem o racismo tão presente em si, ficavam reproduzindo aquilo a que ouviam e viam. É triste fazer essa leitura porque desde o começo sentimos a tensão, sabemos que as coisas ali não vão dar certo e que a qualquer momento alguma coisa horrível há de acontecer. E acontece.
Lhes deixo o aviso que não é um livro fácil pela crueldade que lemos nele. Há cenas fortes e de fazer doer o coração de qualquer pessoa que tenha o mínimo de humanidade. Mas é exatamente esse peso que o livro carrega e essas questões fortes, que faz dele uma leitura incrível. Leiam.
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