Quando num dia comum, seu namorado começa um tiroteio dentro da escola, Val precisa fazer com que ele pare e assim, também é vítima de um tiro que atinge a sua perna. Quando acorda, já no hospital, descobre que logo após ter atirado e vitimado várias pessoas, seu namorado, Nick, se suicidou.
As vítimas desse tiroteio faziam parte da lista do ódio escrita por Valerie e Nick. Pessoas que praticavam bullying ou até mesmo as que apenas andavam na companhia de determinado grupo onde alguém perseguia/incomodava, tanto Nick quanto Valerie. Após investigações e determinada a inocência de Valerie, ela precisa retornar a escola.
Não precisamos ser sempre perdedores, Valerie. Eles podem querer que a gente se sinta assim, mas nós não somos perdedores. Às vezes também ganhamos.
Com a ajuda do psicólogo, que aliás é um dos poucos personagens que me cativou, Valerie retorna, mas obviamente as coisas não serão fáceis já que muitas ainda a julgam como culpada.
Apesar de ter gostado do livro, eu gostaria de ter entendido melhor o Nick, o atirador, já que no livro o que a gente sabe dele é pelo olhar da Val. Também gostaria de ter conseguido me apegar mais aos personagens e que os adultos da história, realmente o fossem, porque a maioria deles tem atitudes, às vezes bem imaturas.
Como sempre há tempo para a dor, também sempre há tempo para a cura. É claro que há.
A situação que devia ter mudado as pessoas para melhor, não fez e achei que isso é bem real. Sei que muitas pessoas são tocadas por tragédias assim, mas a gente sabe também, que nem sempre as coisas mudam, nem sempre as coisas melhoram e tem a devida atenção que deveriam.
Esse é o tipo de livro que nos causa diversos sentimentos e reflexões. O que leva alguém a cometer um ato desses? O que uma pessoa sente que a leva a esse extremo? O que a gente pode fazer pra que isso não aconteça? E será que a gente tem condição de fazer alguma coisa?
O ódio das pessoas. Esta é a nossa realidade. As pessoas odeiam e são odiadas. Enchem-se de rancor e exigem castigo.
A narrativa do livro é voltada ao público juvenil e acho que por isso, o livro não me cativou tanto, como vejo que toca outras pessoas. Claro, que o livro tem um tema forte, pesado, que faz refletir, mas como já passei da adolescência, essa narrativa não me bateu tão forte. Eu recomendo muito o livro, porque apesar das ressalvas, ele é de fazer refletir, de fazer pensar.
Ficha técnica
Autora: Jennifer Brown
Editora: Gutenberg
Ano: 2019 (2ª ed.)
Páginas: 336
NOTA: 4,0 / 5 ⭐
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