[Resenha] A costureira de Dachau | Mary Chamberlain


Ada Vaughan é uma jovem ambiciosa que busca subir na vida e almeja conquistar isso se tornando uma grande modista. Pouco antes da Segunda Guerra estourar, ela conhece um homem misterioso por quem acaba nutrindo uma paixão. Juntos viajam para Paris em um momento de grandes incertezas e a guerra avança, os deixando presos neste outro país. 

Ada é ingênua e acredita que vá conseguir se virar junto com seu amor, mesmo com dificuldades, mas é quando menos espera que acaba se vendo perdida, sem ninguém além de si própria, em meio aos ataques nazistas. Por sorte, freiras a acolhem e para se salvar precisa fingir ser uma irmã e usar um novo nome. 

Essa não é uma história verídica, mas nos dá também muito em que pensar. Vi diversas opiniões negativas sobre o livro, mas decidi ler mesmo assim e contrariando a maioria, eu gostei da leitura. Os personagens não são tão cativantes e a guerra não é o maior foco e talvez por isso, muitos tenham se decepcionado. 

Ada correu para o balde, e vomitou bile. Não havia nada dentro dela para vomitar além de infelicidade.

A história é sobre a mulher, sobre Ada. Ingênua, como muitas mulheres na época, se deixou levar por aparência e a sua vida tomou um rumo totalmente diferente do que deveria ter sido. Ela sofre durante a guerra e mesmo quando esta tem um fim, a vida de Ada segue sendo dura e de constante luta pela sobrevivência. 

Algumas vezes, confesso, que me senti frustada com a Ada, mas quando lemos um livro que se passa numa época anterior, devemos lembrar que os costumes e forma de pensar eram outros e levar isso em consideração. Apesar de não ter me cativado muito por nenhum personagem, foi um leitura satisfatória.

O final, que decepcionou alguns, na minha visão, mostrou as injustiças que o sexo feminino passava. Mulheres não tinham voz e por muito tempo foram caladas por uma sociedade machista, que até hoje ainda tenta nos calar. É uma história de luta, persistência e resistência.

Ficha Técnica
Autora: Mary Chamberlain
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 288
Ano: 2015
NOTA: 4,0 / 5 ⭐



2 Comentarios

  1. Oi, Roberta! Tudo bem?
    Também gosto de tirar minhas próprias conclusões, quando alguém fala que o livro é ruim. Se é um livro que prega o feminismo eu já quero ler 💕, adorei sua opinião!

    Até mais!

    www.depoisdaleitura.com.br

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    Respostas
    1. Acho que a melhor coisa que tem é a gente ler e tirar as conclusões, até porque cada leitor tem uma visão e isso influência muita na hora da gente gostar ou não de determinada história.

      Obrigada pelo seu comentário <3

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